quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Resumo do Texto do Professor Ricardo Andrade - Interrogando a ciência

O texto do professor Ricardo Andrade discute a imagem que formamos sobre o cientista. Apresenta o cenário de que sua palavra é um dogma, algo indiscutível, tanto é que exemplifica que a "comprovação científica" não é questionada, tornando a descoberta da ciência algo objetivo, neutro, livre das impressões subjetivas. O conhecimento científico produzido passa a ser muitas vezes a verdade absoluta. Esquece que esta produção é do homem, portanto, constituída de diversas interferências humanas. O autor cita o pai da ciência moderna - Galileu - que ao realizar descobertas geniais, encobre a face humana da ciência.
É assim que o autor cita Husselr que denuncia o "objetivismo" científico, trazendo  a tona a necessidade de humanizar a ciência. Entretanto, cita-se o uso da concepção positivista para a ciência, no qual "somente são reais os conhecimentos que repousam sobre fatos observados". Segundo esta concepção o conhecimento surge apenas da realidade observável, tangível, visível, controlada, manipulada, a exceção a esta regra é desconsiderada.
A era dos fatos expulsa os mitos, as supertições, as magias. Somente a realizada deve triunfar. Esta idéia é criticada, pois o homem não pode viver sem seus mitos, uma vez que faz parte da sociedade humana. Crer em uma ciência neutra é uma ilusão da sociedade contemporânea. O mito da ciência objetivista deve ser denunciado, pois no domínio deste há a influência histórica transformando os modelos da realidade. Estas precisam ser úteis na prática, pois senão perderiam a o objetivo. É para realizar os interesses do mundo que existem, pois elas precisam responder aos desejos do homem. Aristóteles citava "os homens desejam ardentemente saber".
A paixão que sustenta a ciência é a dominação e a onipotência.
A grande fantasia da ciência é "o mito da neutralidade científica", o domínio absoluto da razão, a busca inscesante do conhecimento, portanto impossível de dissociar do desejo humano. Assim a inocência que lhe é atribuídade está longe de ser verdade e precisa ser controlada, pois "não é qualquer ciência que nos convém...".


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